terça-feira, 25 de novembro de 2008

O discurso

Retirado da net



O discurso é uma exposição metódica sobre certo assunto. Um arrazoado que visa a influir no raciocínio, ou quando menos, nos sentimentos do ouvinte ou leitor.
Aristóteles, ao longo do Organon, acaba tipificando quatro espécies de discurso, segundo sua finalidade, ordenando-os segundo o grau de rigor que o método produz:
O discurso lógico, que é o método pelo qual se atinge a uma certeza absoluta no qual o axioma resultante é tido como verdadeiro e indubitável, pode ser produzido mecânica ou electronicamente por engenhos e tem indispensável aplicação, principalmente, na matemática.
O discurso dialéctico, que embora não objective alcançar a certeza absoluta, tenta obter a máxima probabilidade de certeza e veracidade que se verifica da síntese entre duas afirmações antagónicas, a saber a tese e sua antítese.
Já no discurso retórico não há o menor comprometimento na busca da verdade, nem da sua demonstrável probabilidade. Aqui o orador ou escritor objectiva apenas convencer o ouvinte ou leitor de que sua tese é certa ou verdadeira, utilizando-se do modo de falar, dos gestos e até da maneira de se vestir como factores para influenciá-lo ou persuadi-lo.
No discurso poético o grau de certeza ou veracidade nada importa, ou melhor, até pode laborar contra o discurso posto que aí a razão é abandonada em favor da ficção ou da fantasia. Neste método o que se busca é influir na emoção e não no raciocínio do ouvinte ou leitor, como modo de impressioná-lo.

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