segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Conhecimento Científico/ Vulgar

Trabalho de Casa
"Ao passarmos de ideias elementares para ideias abstractas, de juízos superficiais a outros mais profundos, fazemos a passagem da aparência das coisas para a sua realidade. Ao considerar o conhecimento, devemos fazer sempre uma distinção entre aparência e realidade - entre os fenómenos particulares que são imediatamente evidentes à observação e os processos ocultos, interconexões e leis que se manifestam nas aparências e estão na base dos factos observados. A tarefa de conhecer as coisas é sempre avançar das aparências para a realidade, assim como conseguir saber mais acerca do movimento real e interconexões das coisas, manifestas na sua existência particular e modo aparência." Cornford, Materialismo Didáctico
Tendo presente o conteúdo do texto, elabora uma reflexão onde se torne evidentes as diferenças entre o conhecimento vulgar e conhecimento científico.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Ficha de Trabalho sobre Kant

"O nosso conhecimento provém de duas fontes fundamentais do espírito, das quais a primeira consiste em receber as representações (a receptividade da impressões) e a segunda é a capacidade de conhecer um objecto mediante estas representações (espontaneidade dos conceitos); pela primeira é-nos dado um objecto; pela segunda é pensado em relação com aquela representação (como simples determinação do espírito).

Intuição e conceitos constituem, pois os elementos de todo o nosso conhecimento, de tal modo que nem conceitos sem intuição que de qualquer modo lhe corresponda, nem uma intuição sem conceitos podem dar um conhecimento.

Se chamarmos sensibilidade à receptividade do nosso espírito em receber representações na medida em que de algum modo é afectado, o entendimento é, em contrapartida, a capacidade de produzir representações ou a espontaneidade do conhecimento. (...) Sem a sensibilidade, nenhum objecto nos seria dado; sem o entendimento, nenhum seria pensado. Pensamentos sem conteúdo são vazios; intuições sem conceitos são cegas. Pelo que é necessário tornar sensíveis os conceitos (isto é, acrescentar-lhes o objecto na intuição) como tornar compreensíveis as intuições (isto é, submetê-las aos conceitos.)"

Kant, Critica da Razão Pura.

1. Quais são, na perspectiva de Kant, as fontes do nosso conhecimento?

2. Qual o papel desempenha cada dessas fontes no conhecimento?

3. Explique a seguinte afirmação de Kant: "Pensamentos sem conteúdo são vazios; intuições sem conceitos são cegas."

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

"O Estranho caso de Benjamim Button"


Terça-feira à tardinha ... resolvi ir ao cinema ... levei comigo uma companhia especial para ver um filme especial ...."O Estranho Caso de Benjamin Button" Este filme obteve mais nomeações para os Óscares, segundo a lista divulgada pela Academia norte-americana de Artes e Ciências Cinematográficas. É uma adaptação do livro de F. Scott Fitzgerald . Neste filme de David Frincher, em que Brad Pitt surge como um homem que vai rejuvenescendo ao longo da sua vida, recebeu 13 nomeações, entre as quais as de melhor realizador, melhor actor e melhor filme. Brad Pitt faz aqui um papel fantástico contracenando com Cate Blanchett.
Apesar de algumas críticas, posso dizer-vos que adorei o filme, não só por retratar uma época que apesar da guerra, adoro, mas porque é uma história no mínimo bizarra que retrata acima de tudo o sentido da existência humana, a condição do homem, o destino, a liberdade, o que faz de nós humanos, afinal!
Fá-lo de uma forma estranha, sem dúvida, um homem que nasce "velho" e morre "bebé". Perdemos a noção dos 160 minutos que ali estamos, somos transportados para o filme, para as emoções, vão fluindo as cenas perante nós com naturalidade ... não há monotonia, tudo vai passando ao longo das horas do relógio suiço, com uma beleza atroz ... por vezes, até arrepiante ... cada palavra, cada pensamento, cada frase é para ser digerida ao minuto ... ao segundo ... mexe e remexe connosco ... faz-nos pensar na vida, na nossa vida ... nos momentos que perdemos, nos que ganhámos, naqueles em que soubemos esperar , na morte , no que está para além de tudo ... o amor ...
O filme simplesmente começa: “Eu nasci sob circunstâncias pouco usuais".e a partir daí é uma série de surpresas!
Adorei, chorei, ri, quem estava ao meu lado sentia-me a tremer ... o filme mexeu comigo, "falou" comigo ... sai de lá com os olhos vermelhos, cheia de lenços de papel e ainda a fungar ... a caminho de casa voltei a chorar, a fungar ... recomendo, sem dúvida ...
E as minhas companhias ... para além de se terem munido previamente de pipocas,mais sumos, coca-colas, gomas, gelados, chocolates ... adoraram o filme ... fartaram-se de chorar como eu ... a minha companhia foram vinte e um meninos e meninas do 11º ano ... resolvemos fazer uma aula de Filosofia no exterior e que sítio melhor ... senão no Cinema ... e que filme melhor ... este bastante pertinente e rico filosoficamente!

(Desculpem ... mas este post é dedicado a vocês ... meus alunos! A nossa aula durou até às 20.10h !!!)

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

As substâncias cartesianas e as suas relações



Descartes admite existirem três substâncias , a que atribui as designações de "res cogitans", "res divina" e "res extensa".

"Res cogitans" - Descartes apreende por intuição a certeza do "cogito, ergo sum", isto é, do "penso, logo existo". Descartes sabe que existe, mas interroga-se no sentido se saber que coisa é. Dado que a evidência de que existe lhe é garantida pelo acto de duvidar e de pensar, ele considera ser apenas uma substância que pensa, um pensamento. O filósofo num dado momento afirma que "eu sou uma substância cuja essência ou natureza é o pensamento!"Ao retirar a verdade da sua existência do acto de pensar, tal não significa que se considere existir como homem formado de corpo e de alma. Não tendo ainda nada que lhe garanta a existência do corpo, Descartes define-se essencialmente como uma substância pensante, um pensamento, uma razão, uma alma, ou um espírito. É isto apenas que ele intui, não sabendo ainda se possui um corpo, se há um mundo ou qualquer lugar onde eventualmente possa existir. Existe apenas como "res cogitans", independentemente do corpo, não necessitando de algo material para se afirmar, mas impondo-se evidentemente pelo puro acto de pelo puro acto de pensar. O "res cogitans" é pensar. É no acto de pensar que a alma se funda, é no acto de pensar que o existir se ancora, e ele durará todo o tempo em que Descartes puder dizer: "eu penso".

"Res divina" - A segunda substância que Descartes fundamenta metafisicamente é Deus; temos, no entanto, uma intuição clara das suas perfeições pelo que convém que nos detenhamos nalguns dos atributos que caracterizam esta substância. Descartes afirma que entende "(...) nome de Deus uma substância infinita, eterna , imutável, independente, omnisciente, omnipotente( ...)." Descartes tem ,assim, um conceito de Deus muito semelhante ao da teodiceia clássica. Deus é visto como uma substância, a única no sentido propriamente dito, porque é a única que subsiste por si mesma. Todas as outras dependem de Deus que as criou e as mantém. Deus é independente, no sentido de ser a causa de si mesmo. Em Deus há como que uma identificação de causa e efeito em todo o sempre, pelo que se concebe como um ser em autogeneração. Deus é veraz, é com base na veracidade divina que há a garantia do conhecimento humano. Se Deus é o autor da nossa faculdade de distinguir o verdadeiro do falso e se nós a usarmos bem, não podemos de modo algum, cair no erro, pois isso seria atribuir o erro à própria identidade divina. Ora, como Deus é perfeito, tem de ser simultaneamente bom e verdadeiro e constitui-se como princípio e garante das nossas evidências. O homem não poderá ter ciência certa se não conhecer aquele que o criou, isto é, Deus. Deus é a entidade criadora. Descartes vê na substância divina um ser omnipotente, criador não só do homem, mas de tudo aquilo que existe. Ressalta, assim, a ideia de Deus como autor não só das coisas existentes no mundo como até das verdades metafísicas, matemáticas e morais.

"Res extensa"- No entanto, ele continua a interrogar-se no sentido de averiguar se não poderão existir outras coisas para além de si e de Deus. Descartes averiguando as ideias descobre uma outra ideia, e só uma que se lhe impõe com igual evidência. Trata-se da ideia de extensão. Que esta ideia existe é um facto, mas existirá algo que lhe corresponda fora do pensamento? Mais uma vez, Deus é invocado como garantia da evidência, pois se possuímos a ideia clara e distinta de extensão, ela terá de corresponder a uma extensão real na natureza com a qual se parece. Desta forma, a extensão é a propriedade fundamental da matéria. Todos os corpos materiais e o próprio espaço se reduzem à extensão. Por isso, a extensão é a característica essencial dos corpos. Qualquer corpo consiste unicamente numa substância extensa em comprimento, largura e profundidade.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

As características da dúvida cartesiana


O conhecimento seguro que Descartes quer adquirir mediante a aplicação das regras do método leva-o à necessidade de, voluntariamente, pôr em causa todas as opiniões que até ai acolhera sem qualquer preocupação metódica. Descartes serve-se metodicamente da tarefa de duvidar de tudo para que que a primeira certeza seja indubitável. É nesta medida que se diz que a dúvida é metódica.
A dúvida é provisória pois a permanência nela só se verifica enquanto não encontra verdades consistentes. A primeira certeza encontrada foi, a da sua existência como substância pensante.
Considera-se, ainda, uma dúvida universal, por não se limitar à suspensão de conhecimentos particulares sobre este ou aquele aspecto do real. Ela ataca os fundamentos ou raízes de todos os conhecimentos quer sejam provenientes dos sentidos, quer da razão.
É absoluta, na medida em que o carácter hiperbólico que lhe é conferido pela hipótese do génio maligno, a torna uma dúvida radical e profunda.

O filme "O Nome da Rosa"

O Porquê do filme "O Nome da Rosa", baseado no livro de Umberto Eco com mesmo título ?

SINOPSE
Estranhas mortes começam a ocorrer num mosteiro beneditino localizado na Itália durante a baixa idade média, onde as vítimas aparecem sempre com os dedos e a língua roxos. O mosteiro guarda uma imensa biblioteca, onde poucos monges tem acesso às publicações sacras e profanas. A chegada de um monge franciscano (Sean Conery), incumbido de investigar os casos, irá mostrar o verdadeiro motivo dos crimes, resultando na instalação do tribunal da santa inquisição.

INTRODUÇÃO
A Baixa Idade Média (século XI ao XV) é marcada pela desintegração do feudalismo e formação do capitalismo na Europa Ocidental. Ocorrem assim, nesse período, transformações na esfera económica (crescimento do comércio monetário), social (projecção da burguesia e sua aliança com o rei), política (formação das monarquias nacionais representadas pelos Reis absolutistas) e até religiosas, que culminarão com o cisma do ocidente, através do protestantismo iniciado por Martinho Lutero na Alemanha em 1517.
Culturalmente, destaca-se o movimento renascentista que surgiu em Florença no século XIV e se propagou pela Itália e Europa, entre os séculos XV e XVI. O renascimento, enquanto movimento cultural, resgatou da antiguidade greco-romana os valores antropocêntrico e racionais, que adaptados ao período, entraram em choque com o teocentrismo e dogmatismo medievais sustentados pela Igreja.
No filme, o monge franciscano representa o intelectual renascentista, que com uma postura humanista e racional, consegue desvendar a verdade por trás dos crimes cometidos no mosteiro.

1. Contextualização
Discussão dos elementos formadores da cultura moderna, o surgimento do pensamento moderno, no período da transição da Idade Média para a Modernidade.

O Filme
O Nome da Rosa pode ser interpretado como tendo um carácter filosófico, quase metafísico, já que nele também se busca a verdade, a explicação, a solução do mistério, a partir de um novo método de investigação. E Guilherme de Bascerville, o frade franciscano detective, é também o filósofo, que investiga, examina, interroga, duvida, questiona e, por fim, com seu método empírico e analítico, desvenda o mistério, ainda que para isso seja pago um alto preço.

O Tempo
Trata-se do ano 1327, ou seja, a Alta Idade Média. Lá se retoma o pensamento de Santo Agostinho (354-430), um dos últimos filósofos antigos e o primeiro dos medievais, que fará a mediação da filosofia grega e do pensamento do início do cristianismo com a cultura ocidental que dará origem à filosofia medieval, a partir da interpretação de Platão e o neoplatonismo do cristianismo. As teses de Agostinho nos ajudarão a entender o que se passa na biblioteca secreta do mosteiro em que se situa o filme.

Doutrina Cristã
Neste tratado, Santo Agostinho estabelece precisamente que os cristãos podem e devem tomar da filosofia grega pagã tudo aquilo que for importante e útil para o desenvolvimento da doutrina cristã, desde que seja compatível com a fé (Livro II, B, Cap. 41). Isto vai constituir o critério para a relação entre o cristianismo (teologia e doutrina cristã) e a filosofia e a ciência dos antigos. Por isso é que a biblioteca tem que ser secreta, porque ela inclui obras que não estão devidamente interpretadas no contexto do cristianismo medieval. O acesso à biblioteca é restrito, porque há ali um saber que é ainda estritamente pagão (especialmente os textos de Aristóteles), e que pode ameaçar a doutrina cristã. Como diz ao final Jorge de Burgos, o velho bibliotecário, acerca do texto de Aristóteles – a comédia pode fazer com que as pessoas percam o temor a Deus e, portanto, faz desmoronar todo esse mundo.

2. Disputa de Filosofia
Entre os séculos XII e XIII temos o surgimento da escolástica, que constitui o contexto filosófico-teológico das disputas que se dão na abadia em que se situa O Nome da Rosa. A escolástica significa literalmente "o saber da escola", ou seja, um saber que se estrutura em torno de teses básicas e de um método básico que é compartilhado pelos principais pensadores da época.

2.1 Influência aos Pensamentos
A influência desse saber corresponde ao pensamento de Aristóteles, trazido pelos árabes (muçulmanos), que traduziram muitas de suas obras para o latim. Essas obras continham saberes filosóficos e científicos da Antiguidade que despertariam imediatamente interesses pelas inovações científicas decorrentes.

2.2 Consolidação Política
A consolidação política e económica do mundo europeu fazia com que houvesse uma maior necessidade de desenvolvimento científico e tecnológico: na arquitectura e construção civil, com o crescimento das cidades e fortificações; nas técnicas empregadas nas manufacturas e actividades artesanais, que começam a se desenvolver; e na medicina e ciências correlatas.

2.3 Pensamento Aristotélico
O saber técnico-científico do mundo europeu era nesta época extremamente restrito e a contribuição dos árabes será fundamental para este desenvolvimento pelos conhecimentos de que dispunham de matemática, de ciências (física, química, astronomia, medicina) e de filosofia. O pensamento agora (Aristotélico) será marcado pelo empirismo e materialismo.

3. A Época
O enredo desenvolve-se na ultima semana de 1327, num mosteiro da Itália medieval. A morte de sete monges em sete dias e noites, cada um de maneira mais insólita - um deles, num barril de sangue de porco, é o motor responsável pelo desenvolvimento da acção. A obra é atribuída a um suposto monge, que na juventude teria presenciado os acontecimentos.
Este filme é uma crónica da vida religiosa no século XIV, e relato surpreendente de movimentos heréticos. Para muitos críticos, o nome da rosa é uma parábola sobre a Itália contemporânea. Para outros, é um exercício monumental sobre a mistificação.

4. O Título
A expressão "O nome da Rosa" foi usada na Idade Média significando o infinito poder das palavras. A rosa subsiste seu nome, apenas; mesmo que não esteja presente e nem sequer exista. A " rosa de então" , centro real desse romance, é a antiga biblioteca de um convento beneditino, na qual estavam guardados, em grande número, códigos preciosos: parte importante da sabedoria grega e latina que os monges conservaram através dos séculos.

5. Biblioteca do Mosteiro
Durante a Idade Média umas das práticas mais comuns nas bibliotecas dos mosteiros eram apagar obras antigas escritas em pergaminhos e sobre elas escreve ou copiar novos textos. Eram os chamados palimpsestos, livrete em que textos científicos e filosóficos ma Antiguidade clássica eram raspados das páginas e substituídos por orações rituais litúrgicos.
O nome da rosa é um livro escrito numa linguagem da época, cheio de citações teológicas, muitas delas referidas em latim. É também uma crítica do poder e do esvaziamento dos valores pela demagogia, violências sexuais, os conflitos no seio dos movimentos heréticos, a luta contra a mistificação e o poder. Uma parábola sangrenta patética da história da humanidade
Baseado: No romance de mesmo nome de Umberto Eco.

5.1 - Pensamento
O pensamento dominante, que queria continuar dominante, impedia que o conhecimento fosse acessível a quem quer que seja, salvo os escolhidos. No O nome da Rosa, a biblioteca era um labirinto e quem conseguia chegar no final era morto. Só alguns tinham acesso. É uma alegoria do Umberto Eco, que tem a ver com o pensamento dominante da Idade Média, dominado pela igreja. A informação restrita a alguns poucos representava dominação e poder. Era a idade das trevas, em que se deixava na ignorância todos os outros.

6. História
Em 1327 William de Baskerville (Sean Connery), um monge franciscano, e Adso von Melk (Christian Slater), um noviço que o acompanha, chegam a um remoto mosteiro no norte da Itália. William de Baskerville pretende participar de um conclave para decidir se a Igreja deve doar parte de suas riquezas, mas a atenção é desviada por vários assassinatos que acontecem no mosteiro. William de Baskerville começa a investigar o caso, que se mostra bastante intrincando, além dos mais religiosos acreditarem que é obra do Demônio. William de Baskerville não partilha desta opinião, mas antes que ele conclua as investigações Bernardo Gui (F. Murray Abraham), o Grão-Inquisidor, chega no local e está pronto para torturar qualquer suspeito de heresia que tenha cometido assassinatos em nome do Diabo. Considerando que ele não gosta de Baskerville, ele é inclinado a colocá-lo no topo da lista dos que são diabolicamente influenciados. Esta batalha, junto com uma guerra ideológica entre franciscanos e dominicanos, é travada enquanto o motivo dos assassinatos é lentamente solucionado.
O ano é 1327. Representantes da Ordem Franciscana e a Delegação Papal se reúnem num mosteiro Beneditino para uma conferência. Mas a missão deles é subitamente ofuscada por uma série de assassinatos. Utilizando sua brilhante capacidade de dedução, o monge franciscano William de Baskerville (Sean Connery), auxiliado pelo seu noviço Adso de Melk (Christian Slater), empenha-se para desvendar o mistério. Mas antes que William possa completar sua investigação, o mosteiro é visitado pelo seu antigo desafecto, o Inquisidor Bernardo Gui (F. Murray Abraham). O poderoso Inquisidor está determinado a erradicar a heresia através da tortura e se William, o caçador, persistir na sua busca, também se tornará caça. Mas à medida que Bernardo Gui se prepara para acender a fogueira da Inquisição, William e Adso voltam à biblioteca labirinticae descobrem uma verdade extraordinária ...

Resumo
Do ponto de vista do filme que hoje está sendo abordado, notamos que a história passa em um mosteiro na Itália Medieval. A idade média assistiu, em sua agonia um grande debate Filosófico Religioso. Perdido o equilíbrio do atomismo, o homem medieval caiu em dois extremos opostos.
De um lado os humanistas racionalistas Frei Guilherme de Ockham, um édito moderno. Tais humanistas cultivaram o antropocentrismo julgaram que graças às ciências e à técnica, o homem seria capaz de vencer todas as misérias do mundo, até criar uma era de grande prosperidade material e de completa felicidade natural.
De outro lado místicos com visão extremamente pessimista da realidade. Para eles o mundo era intrinsecamente mau e irredimível por ser obra de um DEUS perverso, distinto da divindade. Acreditavam que a razão humana era má e só seria desejável perder-se no nada divino.
No mosteiro, sete monges morrem estranhamente, isto aborda muito a violência.
Há também uma violência sexual, no qual mulheres se vendem aos monges em troca de comida e muitas vezes depois são mortas.
Movimentos eclécticos do século XIV, a luta contra a mistificação, o poder, o esvaziamento de valores pela demagogia, são mostrados em um cenário sangrento sobre a política da historia da humanidade.

Regras do método cartesiano


Para Descartes existem quatro regras para chegar a razão chegar a bom termo:
Regra da evidência: Descartes considera que nada deve ser admitido pelo espírito como certo se não for absolutamente evidente. As ideias são evidentes quando se apresentam ao espírito , com clareza e distinção , ou seja, com uma definição e nitidez tais, que não podem , de modo algum, confundidas com nenhuma outra.

Regra da análise: Descartes preconiza a análise como processo de decompor o complexo em pequenas parcelas simples, em ordem a uma captação mais fácil e certa.Deste modo, qualquer problema complicado é susceptível de redução a problemas simples.

Regra da síntese: O espírito, uma vez na posse dos elementos simples, deve fazer a reconstituição do complexo, conduzindo os pensamentos por ordem.

Regra da enumeração: Esta regra refere-se à necessidade de entrar em linha de conta com todos os dados do problema e de rever cuidadosamente e minunciosamente todos os elementos implicados na sua solução, a fim de se ter a certeza de nada ter esquecido, sem o que a sua resolução não poderia ser totalmente correcto.