segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Exercícos com silogismos hipotéticos


1. Classifique os seguintes argumentos disjuntivos e diga se são válidos:


a) João folgou ou está doente. Ora, João não folgou. Logo, João está doente.


b) João folgou ou está doente. Ora, João folgou. Logo, João não está doente.


c) João folgou ou está doente. Ora, João não está doente. Logo, João folgou.


d) João folgou ou está doente. Ora, João está doente. Logo, João não folgou.


2. Classifique o seguinte argumento condicional e diga se é válido:

a) Se uma criança for sucessivamente frustrada, reagirá através da agressão. Esta criança sofreu frustrações sucessivas. Logo, esta criança vai reagir agressivamente.

3. Detecte as falácias nos silogismos hipotéticos.

a) Se a teoria está certa, a previsão está correcta. Mas a teoria não está certa. Logo, a previsão não está correcta.

b) Se toda a matéria é divisível sem mudar as suas propriedades, então se divido a água nestes dois copos obtenho água. De facto obtive água. Logo, toda a matéria é divisível sem mudança de propriedades.

Exercícios retirados do livro - Introdução à Filosofia, 11º ano, Livro do professor - autor Luís Rodrigues

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Ficha de exercícios de Lógica

Imagem retirada de net


EXERCÍCIOS

A

Apresente os seguintes argumentos na forma padrão (as premissas dispostas na vertical e a conclusão na última linha).

1. Os cogumelos são seres vivos – porque se reproduzem e o que se reproduz é ser vivo.
2. Como 1+1 são 2, é verdade que 2+1 são 3, porque 1+1+1 são 3.
3. Estabelecemos, ontem, que só Atila e Nero podiam ter roubado João. Agora podemos concluir que Atila é o culpado, porque acabámos de verificar que Nero tem um sólido álibi.

B

Alguns dos seguintes enunciados são argumentos. Indique as premissas e as conclusões.

1. Ela é Sagitário porque nasceu em 4 de Novembro.
2. As pessoas com talento não devem descurar o piano. Exercita-te!
3. Como podes melhorar as classificações? Não estudas!
4. Não quero ir para a Escola. Não tenho sapatos que se vejam.
5. Os chapéus-de-chuva encaminham-se para a cidade.

C

Avalie os seguintes argumentos quanto à sua correcção, isto é, quanto à sua verdade material e validade formal.

1.Todos os satélites da Terra são naturais ou artificiais.
A Lua é um satélite da Terra
Logo, a Lua é um satélite natural da Terra.

2. Todo o animal que voa é ave
Os morcegos voam.
Logo, os morcegos são aves.

3.Se acertou em seis no Totoloto então enriqueceu.
Ora, acertou em seis no Totoloto.
Logo, enriqueceu.

D

Procure identificar o tipo de cada um dos argumentos que se seguem, reconstruindo-o na sua forma. (Note: não se está a pedir uma avaliação dos argumentos – alguns saõ incorrectos – mas apenas a sua classificação e reconstrução).

1.Num corpo saudável os membros obedecem à cabeça – assim numa aula saudável os alunos obedecem ao professor.

2.A noção de energia é central na física; a noção de poder é central nos estudos sociais. Tal como há diferentes formas de energia (hidraúlica, nuclear, solar …), também há diferentes formas de poder (do Estado, do pai, do educador, de delegado de turma). Tal como todas as formas de energia se trocam ou transformam umas nas outras, assim as diferentes formas de poder – se transformam e trocam umas nas outras.

3.Os nossos clientes ficam sempre satisfeitos. Você comprou o nosso produto. Por isso também vai ficar satisfeito.
4.O Sol vai nascer amanhã porque até hoje o Sol tem nascido todos os dias.

E

Exercícios sobre as regras referentes aos termos.

1.Indique a regra referente aos termos do silogismo que é violada pelas seguintes premissas:

a)Os livros são educativos.

b)O balão é redondo.

2.Diga qual é a regra referente aos termos que o seguinte “silogismo” viola. Justifique.

Todos os políticos são homens.
Alguns políticos são corruptos.
Logo, todos os homens são corruptos.

3.Mostre por que razão não é válido o seguinte silogismo:

O leão é animal.
Ora, o lobo é animal.
Logo, o lobo é leão.

4.Indique a regra violada pelo seguinte silogismo. Justifique.

Alexandre foi pequeno.
Alexandre foi general.
Logo, Alexandre foi um pequeno general.

F

Exercícios sobre as regras referentes às Proposições do silogismo.

1.Indique a regra violada pelo seguinte silogismo. Justifique a sua afirmação.

As baleias não são peixes.
Os crustáceos não são peixes.
Logo, os crustáceos não são baleias.

2.Mostre se a partir das seguintes premissas se pode obter logicamente uma conclusão.

a)Alguns alemães são filósofos.
Alguns alemães são gordos.

b) Há homens que são cientistas.
Alguns chineses são cientistas.


3.Qual é a regra das proposições infringida pelo seguinte silogismo?

Todas as cobras são répteis.
Alguns animais são cobras.
Logo, todos os animais são répteis.

4.Diga o seguinte silogismo viola a regra 7ª (a conclusão segue a parte mais fraca.)

Todos os mamíferos são vertebrados.
Alguns animais não são vertebrados.
Logo, alguns animais não são mamíferos.

G

Exercícios gerais sobre as regras do silogismo categórico.

1.Esclareça se os seguintes silogismos são válidos ou não.

a) As mesas têm pés.
João tem pés.
Logo, João é uma mesa.

b) As aves são velozes.
Os aviões são velozes.
Logo, os aviões são aves.

c) Os ingleses são homens.
Os alemães não são ingleses.
Logo, os alemães não são homens.

d) Alguns escritores são filósofos.
António é escritor.
Logo, António é filósofo.

e) Nenhum homem é planta.
Nenhum francês é planta.
Logo, nenhum francês é homem.

f) Todos os santos foram homens.
Todos os homens têm paixões.
Logo, todos os santos tiveram paixões.

g) Alguns gregos são armadores.
Alguns gregos são filósofos.
Logo, alguns armadores são filósofos.

h) Todos os tigres são belos.
Alguns animais são tigres.
Logo, alguns animais são belos.

H

Construa silogismos de forma válida a partir dos elementos indicados em cada uma das alíneas.

a) Conclusão: “Logo, todos os prémios Nobel são inteligentes”
Termo médio: “sábio”

b) Conclusão: “Nenhum eborense é minhoto”
Termo médio: “alentejano”

c) Conclusão : “Alguns marinheiros são algarvios”
Termo médio: “portugueses”

d) Conclusão: “Nenhum hipopótamo é músico”
Termo médio: “artista”
Retirado do livro Filosofia 11º ano de Luís Rodrigues

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Ficha de trabalho sobre silogismos

Imagem retirada da net

Determine a validade dos seguintes silogismos, identificando uma das regras que é não respeitada.

a) Todos os escritores são seres humanos.Todos os seres humanos são mortais.Todos os mortais são escritores.

b) Nenhum animal selvagem é feliz.Alguns leões são animais selvagens.Nenhum leão é feliz.

c)Nenhum juízo de valor é objectivo.Nenhum juízo moral é objectivo.Todos os juízos morais são juízos de valor.

d) Alguns actos heróicos não são errados.Alguns actos que promovem o prazer são errados.Nenhum acto que promove o prazer é um acto heróico.

e) Alguns actos humanos são condicionados.Nenhuns actos condicionados são fisicamente determinados.Nenhuns actos fisicamente determinados são actos humanos.

f) Todos os Homens são seres afectivos.Nenhuma mulher é homem.Nenhum ser afectivo é uma mulher.

g) Alguns músicos são admiradores de Chopin.Todos os pianistas são músicos.

h) Alguns muçulmanos são dogmáticos.Nenhum agnóstico é dogmático.Nenhum agnóstico é muçulmano.

i) Todos os egoístas são infelizes.Todos egoístas são pessoas que só pensam em si.Alguns egoístas não são infelizes.

j ) Alguns estudantes de Literatura são estudantes de Filosofia.Alguns estudantes de Literatura não são estudantes de Matemática.Nenhum estudante de Matemática é estudante de Literatura.


(Retirado do site Netprof)

domingo, 12 de outubro de 2008

Ficha de Trabalho - TPC


Exercícios sobre “Quadrado de Oposição”

1. Dada a proposição “Todos os homens são justos”, indique a sua contraditória.

2. Dada a proposição “Nenhum sportinguista é fanático”, indique a sua contraditória.

3. Indique a proposição contrária de “Todo o homem é bom.”

4. Dada a proposição “Alguns homens são fumadores”, indique a subcontrária.

5. Construa a subalterna de “Todos os benfiquistas praticam desporto.”

6. Construa uma proposição do tipo A e, em seguida, três outras proposições, sendo uma a sua contraditória, outra a contrária e outra a subalterna.

7. Construa as contraditórias de proposições de tipo I e O.

8. Esclareça a forma de oposição que se verifica entre as seguintes proposições:

Ø Algumas mulheres são professoras. / Algumas mulheres não são professoras.
Ø Tudo o que luz é ouro. / Nem tudo o que luz é ouro.
Ø Nenhum peixe é mamífero. / Alguns peixes são mamíferos.
Ø Todos os homens desejam a felicidade. / Alguns homens desejam a felicidade.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Quadrado lógico - Regras da inferência por oposição






  • 1º Caso - Proposições Contraditórias (A, O), (E, I) - Duas proposições contraditórias não podem ser verdadeiras nem falsas ao mesmo tempo. Assim, se uma proposição é verdadeira infiro que a sua contraditória é falsa; se for falsa infiro que a sua contraditória será verdadeira.


  • 2º Caso - Proposições Contrárias (A, E) - Duas proposições contrárias não podem ser verdadeiras ao mesmo tempo (não podem ser ambas verdadeiras), mas podem ser ambas falsas. Assim, se uma proposição é verdadeira infiro que a outra é falsa, porque não podem ser ambas verdadeiras. Mas também podem ser ambas falsas.


  • 3º Caso - Proposições subcontrárias - (I, O) - Duas proposições subcontrárias não podem ser ambas falsas. Assim, se uma proposição particular for falsa, infiro que a subcontrária é verdadeira. Podem ser ambas verdadeiras.

  • 4º Caso - Proposições subalternas - (A,I), (E,O) - Duas proposições subalternas serão ambas verdadeiras se a proposição universal for verdadeira e ambas falsas se a proposição particular for falsa - mas nada se pode concluir da proposição universal falsa ou da particular verdadeira.




segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Argumentos na forma padrão


  • Apresente os seguintes argumentos na forma padrão:
  1. Os cogumelos são seres vivos - porque se reproduzem e o que se reproduz é ser vivo.
  2. Como 1+1 são 2, é verdade que 2+1 são 3, porque 1+1+1 são 3.
  3. Estabelecemos , ontem, que só Àtila e Nero podiam ter roubado João. Agora podemos concluir que Átila é o culpado, porque acabámos de verificar que Nero tem um sólido álibi.
  • Alguns dos seguintes enunciados são argumentos.Indique as premissas e a conclusão.
  1. Ela é Sagitário porque nasceu em Novembro.
  2. As pessoas com talento não devem descurar o piano. Exercita-te!
  3. Como podes melhorar as classificações? Não estudas!

(Exercícios retirados do livro Luís Rodrigues e Júlio Sameiro, Introdução à Filosofia 11º ano , Plátano Editora.)

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Os juízos

Entende-se por juízo o acto pelo qual o pensamento afirma ou nega uma relação entre conceitos. O juízo é sempre verdadeiro ou falso, quer pela relação de conceitos que enuncia quer pela sua ligação ao real expressa pelo verbo ser.


Há juízos analíticos e juízos sintéticos. Os juízos analíticos são aqueles em que o predicado resulta da mera análise lógica do conceito correspondente ao sujeito do juízo. No juízo "Todos os casados são não-solteiros" o predicado já estava contido no conceito do sujeito. As definições são exemplos de juízos analíticos. A verdade destes juízos é independente da experiência (não preciso de perguntar a quem sei que é casado se é ou não solteiro) e são necessários ( quem é casado tem de ser não-solteiro). Assim, sendo dado um conceito , basta a actividade racional (análise) para elaborar um juízo analítico. Em suma, os juízos analíticos são juízos a priori , isto é, independentes da experiência.


Os juízos sintéticos são aqueles em que o predicado não pode obter-se pela simples análise lógica de um conceito. São juízos extensivos, aumentam o nosso conhecimento, não se limitando a explicitar conceitos já sabidos. Há dois tipos de juízos sintéticos: os juízos sintéticos a posteriori e os juízos sintéticos a priori . Os juízos sintéticos a posteriori são aqueles em que a atribuição de um predicado a um sujeito depende da experiência da observação. Por exemplo, "A mulher ribatejana é bela." Este juízo é sintético porque por mais que eu analise o sujeito, isto é, o conceito "mulher ribatejana", não deduzo necessariamente a qualidade "beleza". Não se pode dizer que pelo facto de ter nascido no Ribatejo a mulher ribatejana é bela. É um juízo a posteriori porque a atribuição do predicado "bela" à mulher ribatejana é o resultado da observação. A posteriori significa dependente da experiência. Os juízos sintéticos "a posteriori" são contingentes e particulares. Contingentes porque o que enunciam num determinado momento pode ser vardadeiro e noutro momento pode ser falso. São particulares pelas mesmas razões.
Os juízos sintéticos a priori distinguem-se dos juízos a posteriori porque a atribuição do predicado ao sujeito não deriva da experiência, isto é, faz-se independentemente da observação empírica. É universal e necessário: é verdadeiro para todos os casos independentemente do tempo e do lugar.
(Adaptado do livro Lógica 11º ano, de Luís Rodrigues)

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Termo

O termo é a expressão verbal do conceito, é o conceito exteriorizado e concretizado na linguagem. O conceito pode exprimir-se verbalmente mediante uma ou mais palavras, mas não devemos identificar "termo" e "palavra". Há termos que para serem a expressão verbal de um conceito ou representação mental são constituídos por uma só palavra e há termos constituídos por duas ou mais palavras.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Extensão e compreensão do conceito

Imagem retirada da net

Quanto mais extenso é um conceito, menos compreensivo ele é. O conceito de homem é menos extenso do que mamífero e mais compreensivo.

Isto é, a extensão e a compreensão variam no sentido inverso: quanto mais extenso é um conceito menos qualidades ou características contem - menor compreensão possui - e quanto maior for a sua compreensão, menor a sua extensão, ou seja, mais reduzido o número de indivíduos a que ele pode ser atribuído.

"Franceses" é mais extenso do que "parisienses" porque existe um menor número de parisienses do que de franceses, e menos extenso do que europeus porque há mais europeus do que franceses. Parisienses tem maior compreensão do que franceses e do que europeus porque os parisienses, além de franceses são também europeus.